Provavelmente já estás cansado de ler artigos sobre ‘como ter sucesso numa entrevista em IT’
– Estuda a empresa. Prepara as perguntas técnicas. Treina as respostas clássicas.
Claro que tudo isso ajuda. Mas se quiseres saber o que realmente faz alguém destacar-se num processo… então deixa-me contar-te o que aprendi depois de entrevistar dezenas de profissionais nesta área (e acredita, já vi um bocadinho de tudo).
Spoiler: os que ficam na memória (e os que acabam por receber a proposta) raramente são os que dominam mais tecnologias. Sim, saber trabalhar com Java, .NET, React ou Kubernetes é importante – mas isso é ponto de partida, não de chegada. O que realmente nos faz parar, tirar notas e pensar ‘esta pessoa vai fazer a diferença na equipa’ são quatro ingredientes que não aparecem no CV.
- Postura: Não tem tanto a ver com o que vestes, mas com como te apresentas. Chegas a horas, demonstras respeito pelo tempo dos outros, sabes ouvir e trazer conteúdo à conversa? Mais do que sinais de educação, são indicadores fortes de como serás no dia a dia: comprometido, focado e profissional.
- Comunicação: Há quem saiba muito… mas só se percebe isso do fim de 30 minutos (ou de um esquema). E há quem saiba explicar de forma simples, clara e direta o que fez, porquê, e qual foi o impacto. Estes últimos têm uma vantagem competitiva enorme – conseguem trabalhar com equipas multidisciplinares, alinhar expectativas com o cliente, e inspirar confiança logo de início.
- Curiosidade: As melhores entrevistas que já tive foram com candidatos que me faziam perguntas. Muitas vezes, perguntas melhores do que as minhas. Sobre o projeto, os objetivos, o cliente, o negócio. Esse interesse genuíno mostra que querem mais do que ‘um emprego’ – querem perceber onde podem acrescentar valor.
- Vontade de aprender: Em IT, o que sabes num ano pode já estar ultrapassado no seguinte. O que procuramos não é apenas quem já domina tudo hoje, mas sim quem mostra capacidade de adaptação, vontade de evoluir e consciência de que estar desconfortável faz parte do crescimento.
Se estás a preparar-te para uma entrevista, acredita: o teu mindset pode valer tanto como o teu skillset.
Não precisas de decorar respostas. Precisas de te mostrar. Quem és. Como pensas, como decides, como reages quando não sabes algo. Como comunicas com o outro lado da mesa – porque sim, uma entrevista é um diálogo, não um teste.
Na Integer valorizamos, claro, competências técnicas – faz parte do jogo. Mas o que realmente procuramos são profissionais que conjuguem conhecimentos com atiude, curiosidade e ambição. Porque quando existe esse match, as competências crescem, os projetos ganham ritmo e as equipas tornam-se lugares onde as pessoas querem ficar.
Talvez a próxima conversa seja contigo 😉