Convidámos o nosso CEO, Luís Setúbal, a responder a algumas perguntas sobre o seu percurso profissional e processo de criação da Integer Consulting. Neste artigo, “A entrevista do CEO”, podes ler a entrevista completa.
?Luís, fala-nos um pouco sobre o teu percurso profissional e o que te levou até às TI?
Esta área das TI esteve presente, desde cedo, na minha vida. O meu pai foi Analista/Programador e Gestor de Projetos, coisa rara nos anos 70/80, até abrir o seu próprio negócio. Acredito que venha daí o meu interesse pela área.
Comecei a aprender os conceitos básicos de programação, aos 14 anos, num curso de Verão e a partir daí direcionei toda a minha formação académica na área das TI. Aos 17 anos comecei a programar profissionalmente, numa empresa que hoje já não existe mas que, na altura, era a maior empresa nacional de transporte de passageiros. A partir daí trabalhei como freelancer, professor e formador para várias empresas, até chegar à Novabase. Já nesta empresa, iniciei funções como consultor durante dois anos, antes de passar para a área comercial e de gestão de Outsourcing e, em 2005, decidi sair para iniciar um projeto profissional com outros empreendedores. Por várias razões, esse projeto não deu certo e acho que esta experiência foi decisiva para criar a Integer.
? A Integer Consulting foi criada em 2007. Antes de irmos mais longe, conta-nos, qual a origem do nome?
Gostava de ter um nome relacionado com TI e, também, que refletisse os valores da empresa que queria criar: integridade, inspiração, IT. A motivação e inspiração tiveram origem na minha perceção de que devia existir, efetivamente, uma maior preocupação com as pessoas. Aliás, acredito que uma empresa só faz sentido se conseguir atingir pelo menos dois objetivos, dar lucro, e fazer as pessoas que nela trabalham felizes.
? Por curiosidade, como descreves o dia-a-dia de trabalho na Integer?
Os dias de trabalho na Integer são, acima de tudo, um grande desafio pela responsabilidade e nível de exigência. A tendência do desafio é ser cada vez maior porque, tendo sucesso, continuamos a crescer e destaco isto como algo bastante positivo. Atualmente, o objetivo passa por manter o crescimento sem perder os nossos valores e princípios.
? Enquanto CEO, quais foram os teus maiores desafios, aprendizagens e conquistas?
O maior desafio tem sido manter o crescimento da Integer estável e sustentado sem nos desviarmos dos nossos valores. Temos crescido bastante, mas quero que continuemos a manter o foco na nossa identidade como, orgulhosamente, posso dizer que temos conseguido.
A minha experiência de gestão, conhecimento da estrutura e organização empresarial, no início, eram bastante básicos, por isso a aprendizagem tem sido enorme.
Como maior conquista da Integer identifico, claramente, a equipa que temos hoje, sempre preparada para responder aos desafios.
? Quais os planos para o futuro? Como imaginas a Integer daqui a 5 anos?
Queremos ser uma empresa de referência no mercado nacional, bem como, na forma como gerimos e atraímos talentos. Acredito que será este o fator diferenciador que nos vai permitir continuar a crescer.
Hoje, considero que estamos bem posicionados, mas acredito que iremos crescer ainda mais e ser essa referência em 5 anos. Mais concretamente, espero que tenhamos conseguido acrescentar ao Outsourcing duas áreas totalmente independentes e com presença internacional, o Nearshore e Cybersecurity.
? Que momento(s) ou experiência(s) destacas nestes 15 anos?
É nostálgico pensar sobre esta questão porque realmente existiram imensos momentos e desafios que me marcaram. Alguns dos momentos que, ainda hoje, me vêm à memória são: as primeiras contratações para a Integer em 2007 e o primeiro projeto internacional, que não correu propriamente às mil maravilhas e que nos permitiu aprender para fazer melhor. Recordo, também, a abertura dos escritórios no Porto e em São Paulo, o 1º prémio PME Líder em 2018 e, mais recentemente, a criação do Innovation Center.
? O que dirias ao Luís Setúbal de 2007?
Garante financiamento, segue o teu instinto e nunca penses a curto prazo. O caminho faz-se caminhando.